Presidente do TJDF concorda com intervenção do STJD: "Vão vir ajudar a reconstruir o Tribunal"

Ricardo Barros se mostra otimista com a possibilidade de recomeço dos trabalhos no Tribunal da Paraíba. Por outro lado, não poupa críticas à Federação Paraibana de Futebol

Desde que o Tribunal de Justiça Desportiva de Futebol da Paraíba (TJDF-PB) passou a ser alvo da Operação Cartola, o órgão não conseguiu mais se reestruturar. O atual presidente, Ricardo José Costa Souza Barros, bem que tentou recomeçar o trabalho do zero, mas a tentativa foi vã. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) não viu outra alternativa e decidiu intervir para assumir o comando. Mas Ricardo Barros vê com bons olhos essa intervenção, uma vez que ele mesmo reclama que não tem base para trabalhar, já que a ação conjunta da Polícia Civil e do Ministério Público, em abril deste ano, confiscou todos os materiais e arquivos para investigação, e esse material ainda não foi reposto. O presidente do TJDF-PB explica ainda que essa intervenção do STJD consiste em auxiliar o Tribunal paraibano na retomada do trabalho.

Tribunal de Justiça Desportiva de Futebol da Paraíba (TJDF-PB) não conseguiu mais se reestrutura após a Operação Cartola — Foto: Edgley Lemos / GloboEsporte.com/pb

Ao falar sobre a intervenção, Ricardo Barros, na verdade, se mostrou aliviado. A possibilidade de reparação na precariedade de trabalho encontrada no Tribunal da Paraíba deu nova esperança ao dirigente.

- O presidente do STJD me ligou informando que tomou conhecimento que o Tribunal estava sem condições de operar. É uma intervenção para ele mandar o pessoal do STJD nos ajudar a compor o Tribunal. O nosso Tribunal está sucateado. Não temos instrumentos para trabalhar. A Operação Cartola levou tudo. Acumularam-se alguns processos. Nós temos urgência. O pessoal vem nos ajudar a reconstruir o Tribunal e dar andamento - revelou Ricardo Barros.

Ofício enviado ao TJDF-PB, comunicando sobre a intervenção, foi escrito em nome do presidente do STJD, Paulo César Salomão Filho — Foto: Reprodução / STJD

Os motivos da intervenção não foram explanados no documento enviado pelo STJD, assinado e divulgado nessa sexta-feira pela coordenadora do Superior Tribunal, Adriana Solis. Com chegada ainda sem data definida, o interventor Antônio Vanderler de Lima pode considerar a necessidade de um procurador-geral como prioridade no recomeço da entidade. O último que esteve no Tribunal, de acordo com o atual presidente, trabalhou cerca de apenas três semanas e renunciou ao cargo. Desde então, não foi indicado um novo procurador por parte da Federação Paraibana de Futebol (FPF).

- Desde a Operação Cartola que o TJD ficou sem condições de trabalho. Levaram todos os nossos arquivos e materiais. Tentamos conduzir os trabalhos do Tribunal; contudo, o procurador também foi afastado. A FPF teria que indicar um novo procurador. Essa fase foi demorada. Quando foi indicado, o procurador, depois de alguns dias, renunciou. A FPF ainda não indicou novo procurador, o que paralisa os processos. Ainda assim, a FPF demitiu o único funcionário que prestava serviços no TJD - relatou, referindo-se ao secretário do órgão.

Conforme o ofício do STJD, o presidente do TJDF-PB tem o prazo impreterível até o próximo dia 2 para enviar os nomes dos representantes que compõem o TJDF-PB. Mas Ricardo Barros revelou que já está providenciando isso. Ainda não foi divulgada uma data de início da intervenção no Tribunal da Paraíba.

Fonte: Ge

Publicidade

Comentários