Bode, cuscuz, filmes... tudo, menos futebol! Conheça seis curiosidades sobre o goleiro Santos

Do prato preferido ao que gosta de fazer nas horas vagas, o camisa 1 do Athletico-PR curte mesmo a calmaria do interior paraibano nas horas livres

O goleiro Santos se notabilizou pelo desempenho nas últimas duas temporadas pelo Athletico-PR. Primeiro na conquista da Copa Sul-Americana, no ano passado; depois, por ter se tornado peça fundamental no título da Copa do Brasil, já em 2019. As grandes atuações fechando o gol do Furacão chamaram a atenção de Tite, que o convocou para os amistosos contra Senegal e Nigéria. Mas o bom momento vivido pelo camisa 1 rubro-negro dentro de campo quase todo mundo já sabe; por isso, o GloboEsporte.com decidiu ir além e listar seis curiosidades do mais novo goleiro da seleção brasileira longe do futebol.

Santos tem alguns hábitos fora de campo e nós listamos essas curiosidades sobre o goleiro — Foto: GERALDO BUBNIAK/AGB/ESTADÃO CONTEÚDO

O paraibano nasceu em Campina Grande, mas cresceu em Cabaceiras, que é conhecida como a "Roliúde Nordestina" por causa dos mais de 25 filmes gravados na região - "O Auto da Compadecida" é um dos mais famosos gravados por aquelas terras. Santos foi criado na zona rural, entre os sítios Manissoba e Pata de Lula.

Com o pai agricultor e a mãe costureira, Santos não gosta de perder a essência de "cabra da peste". Seja em Curitiba ou de férias na casa da família, a comida preferida dele é milho assado ou cozido, por exemplo.

E tem muito mais. Apresentamos para você agora seis características que o camisa 1 do Furacão, com 150 jogos recém-completados pelo clube, carrega fora das quatro linhas.

Goleiro completou recentemente 150 jogos pelo Furacão — Foto: André Durão

1. Comida nordestina

Na casa dos pais, o goleiro gosta de comer comida regional, como macaxeira, inhame e galinha caipira. Mas a preferência dele é milho assado e cozido. Às vezes, a família envia para ele - em uma caixa até Curitiba, através de um serviço de transporte algumas comidas da região. Na caixa, a mãe, Dona Amara, coloca cuscuz, pipoca, bode e peixe.

- É legal ver o carinho dela. Receber tudo que ela envia com muito carinho. É muito bom. Sempre estar com essa cultura nossa presente... acho bacana. Ela sempre manda algumas coisas, e minha filha também gosta muito. Vindo de mãe é especial e com muito amor.

2. Nada de balada

Santos não gosta de balada. Não é do tipo de jogador que nas horas vagas aproveita para frequentar uma boate, por exemplo. Quando não está treinando, concentrando ou jogando, prefere ir para a igreja com a esposa. Na infância e na adolescência, também não gostava de festa - só queria saber de futebol.

- Ele só gostava de jogar. Ele ia para a escola e, quando chegava, pegava a bola e ia jogando dentro de casa. Batia na parede, mandava ele ficar quieto, mas não tinha jeito. Toda vida foi assim. Estudava. Não era menino que vivia solto na rua. A gente morava no sítio. Depois, quando ele tinha nove anos que a gente veio para Cabaceiras. Nunca gostou de festa - revela Dona Amara.

Mãe de Santos prepara tudo para o filho e envia para ele em Curitiba — Foto: Arquivo Pessoal

3. Lazer

Como passatempo, ele se diverte jogando FIFA no videogame. Mas prefere não revelar qual time ele escolhe na hora de se divertir no futebol virtual. Além disso, ainda gosta de assistir a filmes na companhia da esposa e da filha.

- Eu gosto de jogar online, onde posso montar o meu time. Monto o time de acordo com o jogo. Sobre os filmes, gosto de tudo, mas tem uma exceção: terror.

4. Jogador caseiro

Ele conversa pouco. Observa mais do que fala. Quando está de férias, prefere por ficar em casa na maior parte do tempo, mas também aproveita para visitar os amigos e parentes em Cabaceiras.

- Toda vida ele foi assim. Não é menino agitado que quer as coisas na hora. Sempre foi calmo. É uma pessoa muito boa. Tanto dentro de campo, como em casa. Ele é de um jeito só. Não é fora daquilo que ele é - explica a mãe.

Camisa 1 do Furacão prefere ter uma rotina menos agitada fora de campo — Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

5. Família da roça

Na infância, o jogador já participava de pescarias com a família. Além da agricultora, o pai de Santos também buscava esse recurso para adquirir uma renda extra para manter o sustento da casa.

- Era uma rotina que só Deus. Se for contar mesmo, dá um jornal. O pai dele trabalhava na roça em um campo de tomate. Eu ficava em casa cuidando dos filhos. Teve um tempo que meu esposo adoeceu. Passou três meses doente por causa de um problema na coluna, de cama, e era eu quem segurava a barra. Como diz a história, eu era o homem da casa. Chegava um serviço de costura e eu ia fazendo para nos manter.

6. Superação do luto

No início da carreira Santos perdeu um irmão, Fabiano, que morreu em 2007 após um acidente de moto, quando voltava de uma festa na região de Cabaceiras. Na época, claro, eles ficaram bastante abalados com a situação.

- Foi uma tristeza muito grande. Você ver uma família completa e isso nos desestruturou. A gente não sabia o que fazia depois da perda do meu filho. Uma tristeza tão grande. Foi muito triste a morte dele. Tudo desabou.

Paraibano precisou superar a perda de um irmão em 2007 — Foto: Jorge R Jorge/BP Filmes

Agora é Seleção

Superado o luto com a perda do irmão e depois de deixar para traz a rotina simples que levava numa cidade do interior da Paraíba, Santos seguiu sua vida, construiu uma carreira sólida no futebol e agora comemora as conquistas de uma luta dentro de campo. E agora ele e sua família comemora sua ida para a seleção brasileira, que será nos amistosos contra Senegal e Nigéria, em Singapura, nos dias 10 e 13 de outubro. É a primeira vez do jogador representando o país.

- Espero primeiramente desempenhar um bom trabalho, fazer a minha parte. Quero fazer o meu trabalho, como tenho feito no Athletico-PR. Esperamos fazer bons jogos e, claro, vencer. São as vitórias que dão mais moral, confiança, alegria, então é isso que buscamos neste momento - concluiu.

Fonte: globoesporte

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